São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 1994
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Carimbar o passaporte pesa no orçamento

MURILO GABRIELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A obtenção de vistos pode representar para o turista mais que um mero entrave burocrático. Dependendo do roteiro escolhido, os vistos passam a pesar significativamente no orçamento de viagem.
Um "tour" pelos países da antiga "Cortina de Ferro", no Leste europeu, por exemplo, pode custar, só em vistos, US$ 400 (CR$ 672,00 mil), ou seja, mais de um terço de um bilhete São Paulo-Moscou, que custa US$ 1.050 (CR$ 1,7 milhão) pela Aeroflot.
Os vistos mais fáceis de serem obtidos são da Hungria (US$ 20/CR$ 33,6 mil) e Polônia (CR$ 40.040,00, oscilando em torno de US$ 25). Ambos países têm representação consular em São Paulo e dão vistos com rapidez.
Os vistos da Romênia, Iugoslávia e República Eslovaca, apesar de não serem dos mais caros (respectivamente US$ 32/CR$ 53,7 mil, 11 URVs/CR$ 18,9 mil e US$ 20), e saírem com rapidez, têm o inconveniente de só poderem ser obtidos fora de São Paulo.
Isso acaba implicando em mais gastos. Ou se obtêm os vistos por sedex, ou apela-se para uma agência de viagens. A Tunibra, por exemplo, cobra 20 URVs (CR$ 34,5 mil) por visto.
Bulgária, Rússia e República Tcheca cobram uma taxa extra de urgência, isto é, pedem mais dinheiro se se deseja o visto em menos de dez dias. Nessas condições, o custo dos vistos chega a, respectivamente, US$ 51 (CR$ 85,6 mil), US$ 120 (CR$ 201 mil) e US$ 40 (CR$ 67,2 mil).
O visto búlgaro fica mais caro ainda por só possuir o país representação diplomática em Brasília.
Resumindo: o turista interessado nesse roteiro terá gasto, ao final, cerca da US$ 320 (CR$ 537,6 mil) em vistos e mais US$ 80 (CR$ 134,4 mil) com a agência.
(MuG)

Conversões de vistos pelo dólar-turismo a CR$ 1.680,00 e URV a CR$ 1.725,31; passagem aérea pelo dólar-Iata a CR$ 1.696,28.

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