São Paulo, sexta-feira, 27 de maio de 1994
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Washington e Hanói passam a ter representação diplomática

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Estados Unidos e Vietnã anunciaram ontem a abertura recíproca de escritórios de representação nos dois países.
Isso não significa ainda o estabelecimento de relações diplomáticas plenas. Mas elas ficam a apenas um passo com a decisão de ontem.
Em 3 de fevereiro, o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, anunciou o fim de 19 anos de embargo comercial contra o Vietnã.
O escritório norte-americano em Hanói vai cuidar de comércio, negócios, turismo, cultura.
Ele também terá a missão política de continuar a busca de 2.233 soldados dos Estados Unidos desaparecidos em ação no Vietnã durante a guerra entre os dois países durante as décadas de 60 e 70.
A guerra custou 58.168 vidas norte-americanas e mais de 2 milhões vietnamitas. Ela acabou em 1973 com a retirada das tropas dos Estados Unidos.
O Vietnã introduziu reformas de mercado em sua economia a partir de 1986.
As reformas deram certo e o país é um dos que mais crescem no mundo atualmente. Para este ano, espera-se crescimento de 8% do Produto Nacional Bruto.
O governo norte-americano ainda denuncia a ocorrência de violações de direitos humanos no Vietnã, mas reconhece que progressos têm ocorrido nessa área. Por exemplo, acaba de ser aprovada legislação que dá direito de greve aos trabalhadores no país.
O escritório norte-americano em Hanói será liderado pelo diplomata de carreira James Hall, atual chefe do escritório de Vietnã, Laos e Camboja do Departamento de Estado.

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