São Paulo, domingo, 29 de maio de 1994 |
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Wilma diz que não nasceu para ser 'dondoca'
XICO SÁ
A professora universitária e ex-prefeita de Natal Wilma Faria, 48, diz que não nasceu apenas para ser primeira-dama ou "dondoca". Em 1991, resolveu romper com o ex-marido e padrinho político –Lavoisier Maia– e anunciou, durante uma entrevista coletiva, o romance com um dos seus assessores. Numa atitude considerada inovadora para os padrões da política nordestina, Wilma optou pela carreira solo e resolveu trocar o palanque do marido por um palanque próprio. Folha – Nas duas vezes em que se elegeu (para deputada federal em 1986 e prefeita em 1988), a sra. contou com o apoio do seu então marido. Acha que pode construir uma carreira sozinha? Wilma Maia – Aqui ninguém me questiona sobre isso. Eu conseguiu me afirmar como política independentemente da minha posição familiar. Hoje ninguém pergunta quem é o meu marido, qual é o meu sobrenome. Nunca usei sobrenome nas campanhas, basta ver o meu material de propaganda. Folha – Como encara a disputa com o ex-marido? Há a informação que já houve um encontro, por acaso, em plena campanha. É verdade? Wilma – Foi em Mossoró (interior do Estado), numa festa da prefeitura. Quando eu cheguei próximo ao prefeito, ele estava de costas, se virou, mas a gente não se cumprimentou. É uma decisão dele permanecer distante, então não houve cumprimentos. Por mim, teria um relacionamento normal, civilizado. Logicamente que dentro dos limites. Folha – A sra. acha que pode ganhar a eleição? Wilma – Não tenho a menor dúvida. Não é por acaso que os adversários (além do ex-marido, há Garibaldi Filho, do PMDB, e Francisco Mineiro, do PT) começam a se preocupar. Texto Anterior: Lavoisier promete campanha sem baixarias Próximo Texto: Casal esbanjava `romantismo explícito' Índice |
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