São Paulo, domingo, 29 de maio de 1994
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Privatizar, por que e até onde?

MARIO VITOR SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Dominado por interesses de grupos políticos, empresariais e corporações sindicais, impedido de qualquer ação eficaz de combate à situação de penúria em que vive a sociedade, o Estado brasileiro vive uma crise que se eterniza.
Em lugar de beneficiar a coletividade, o governo foi transformado em entrave à estabilidade e ao desenvolvimento. Do papel de agente estimulante, que já ocupou, o Estado-empresário atrofiou-se e conformou-se com uma situação marcada pelo descontrole e pelo marasmo.
O quadro é tal que não há candidato à Presidência –mesmo o mais estatista– que rechace a necessidade de se examinar algum tipo de privatização. Variam os setores e as razões para privatizar.
Como mostra este segundo caderno da série Brasil 95, que a Folha faz para examinar grandes problemas nacionais, a privatização é um dos temas em que os candidatos são mais superficiais, econômicos, indecisos.
Essa indefinição espelha, na verdade, uma divisão no seio do próprio corpo social, que ainda não fez uma opção nítida e conclusiva sobre o caminho a seguir. As próximas páginas são uma contribuição para que o eleitor faça a sua escolha.

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