São Paulo, domingo, 29 de maio de 1994
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Novos deputados passarão a ter mais poder

ANDRÉ LAHÓZ
DO ENVIADO ESPECIAL

Os novos deputados terão mais poder do que os atuais. O Tratado de Maastricht deu novas funções ao Parlamento Europeu, e muitas delas sairão do papel.
A história do Parlamento pode ser dividida em quatro etapas. A primeira vai até 1979, quando os deputados não eram eleitos diretamente, mas apenas indicados pelos Parlamentos nacionais.
Na segunda fase, de 1979 até 1986, o Parlamento já é eleito diretamente, mas seu papel é pouco importante.
Em 1986, os governos assinam o Ato Único Europeu e se comprometem a criar um mercado unifificado, no qual circulam livremente pessoas, capitais, bens e serviços.
Este ato amplia significativamente o papel dos eurodeputados. Têm mais participação na criação das leis e na ratificação nos tratados e acordos da Comunidade (hoje União Européia).
Podem demitir a comissão e controlam boa parte do Orçamento. Além disso, a Comissão e o Conselho são submetidos a sessões de perguntas dos deputados.
Essa terceira fase dura até 1º de novembro de 1993. É que aí começam a valer as decisões do Tratado de Maastricht (de 1991).
A Comissão Européia passa a ter de ser ratificada pelo Parlamento Europeu. Os deputados podem assim criar comissões de inquérito, surge o cargo de ombudsman e várias normas comunitárias têm de ser aprovadas pelos parlamentares.
Embora já formalmente em vigor, vários pontos serão, na prática, inaugurados pelos novos deputados.
Essa quarta fase deve durar até 1996. É que então os chefes de Estado devem se reencontrar para fazer uma revisão do Tratado de Maastricht. Essa revisão está prevista no tratado.
É certo que os parlamentares aproveitarão para tentar aumentar ainda mais sua importância. Embora não tenham o poder de decisão, certamente pressionarão os chefes de Estado para uma reorganização de funções.
(AL)

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