São Paulo, domingo, 29 de maio de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Empresário recebe apoio para vender a produção

NELSON ROCCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os micro e pequenos empresários contam com um novo apoio na busca por mercados para seus produtos: o CCT (Centro de Comercialização Tecnológica).
O projeto é uma iniciativa do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e tem base em São Paulo.
Ricardo Khun Scavone, 37, gerente do Sebrae SP, diz que o objetivo é assistir empresas que desenvolvam tecnologia na comercialização de produtos e serviços.
Preferencialmente, serão atendidas empresas surgidas em incubadoras (locais criados e geridos por entidades governamentais e de ensino que dão infra-estrutura para o desenvolvimento de novos produtos de pequenas empresas) ou em pólos tecnológicos.
"Nas incubadoras encontramos muitos recém-formados, que fizeram projetos para a conclusão dos cursos. Eles têm formação técnica, mas são carentes em conhecimento de mercado", afirma Scavone.
O CCT tem estandes onde estão produtos de 32 empresas dos setores de informática, eletroeletrônico, biotecnologia, óptica etc.
O gerente do Sebrae SP diz que em um mês sairá a definição das empresas que ocupararão os estandes por até dois anos.
Nem todas as empresas que estão no show-room deverão permanecer. Segundo ele, no início, o objetivo é expor produtos apenas de informática e eletroeletrônica.
O CCT deverá consumir US$ 300 mil em um ano. Segundo Scavone, a meta é ampliar o espaço e contemplar 100 empresas.
Além dos setores iniciais, o projeto vai contemplar empresas dos setores de mecânica de precisão, novos materiais e química fina.
Os empresários escolhidos terão que pagar um "condomínio" de um salário mínimo mensal (64,79 URVs), mais um percentual de 3% a 4% (em estudo) sobre as vendas.
"O Sebrae vai ensinar o empresário a vender", diz. Para isso, é necessário estar disponível para acompanhar o trabalho ou destacar um funcionário habilitado.
Scavone adverte que a entidade não se transformará em um representante de vendas. Ela irá apenas apoiar e indicar caminhos para a comercialização dos produtos.
"O Sebrae fará os contatos –inclusive no exterior–, planejamento empresarial, planejamento produtivo, marketing e requerimento de patente (registro da marca ou do produto)." Para isso, toda a estrutura do Sebrae será colocada à disposição do CCT.
Os planos do centro são realizar mostras itinerantes com os produtos do show-room para aumentar a divulgação. "Mas isso vai depender do potencial mercadológico dos produtos."
(NR)

Texto Anterior: Como montar um comércio varejista de autopeças?
Próximo Texto: Filme inspira florista a `encaixotar' rosas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.