São Paulo, terça-feira, 31 de maio de 1994
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PT troca vermelho pelo verde-amarelo

CARLOS EDUARDO ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

O PT trocou o vermelho pelo verde, amarelo, azul e branco da bandeira brasileira no material publicitário que está sendo produzido para a campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva.
A marca publicitária da campanha de Lula, que será estampada em camisetas, bandeiras, adesivos etc, é de fundo branco.
O "Lula" será escrito em preto. Logo abaixo, o Brasil terá todas as letras em verde, com exceção do azul na letra "a".
O amarelo fica para o losango, lembrando a bandeira brasileira, que é fundo de parte do material. O vermelho que identifica o partido está na estrela de cinco pontas que acompanha o "Lula Brasil".
A marca foi criada pelo publicitário Paulo de Tarso Santos e pelo jornalista Carlos Azevedo. "A idéia é mostrar que Lula é a cara do Brasil", disse Santos.
O publicitário negou que a pequena inserção do vermelho no material tenha sido uma opção política. "Nós não queremos esconder o PT", afirmou.
Santos e Azevedo assinaram a campanha de TV de Lula na eleição de 89. Apesar da avaliação petista de que o resultado foi bom, a dupla não pretende reaproveitar as idéias de 89.
Mesmo o jingle "Lula-lá" de 89, que se tornou marca registrada em eventos petistas, não deve ser veiculado na atual campanha. Hilton Accioly, o autor do jingle de 89, foi escalado para criar uma nova música para a campanha.
Santos negou que a exclusão dos motes de 89, como o "Sem Medo de Ser Feliz", foi motivada pelo temor de associar a atual disputa a uma campanha que, afinal, foi derrotada em 89.
"A eleição agora tem um caráter novo e não queremos fazer uma campanha que pareça velha", declarou Santos.
O publicitário petista desdenhou da escolha da mão espalmada com os cinco dedos simbolizando prioridades como marcada da campanha de FHC. "Isso é mais velho que andar para a frente", acha.
Lula deu a última palavra entre as opções oferecidas por Santos e Azevedo.
O comando da campanha de Lula reuniu-se para finalizar a proposta de combater o desemprego.
O eixo da proposta é aproveitar recursos que já existem, como o do Fundo de Amparo ao Trabalhador, para gerar pelo menos oito milhões de empregos nos quatro anos de seu eventual governo.
A preocupação do PT é a fragilidade mostrada pela maioria de suas candidaturas estaduais.

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