São Paulo, terça-feira, 31 de maio de 1994
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Outra calamidade; Vai ou racha; Tiro n'água; De olho no futuro; Salto no escuro; Melhor das hipóteses; Só para entender; Lugar garantido; Entre a ação e o desejo

DE OLHO NO FUTURO

Outra calamidade
Itamar terá de decretar estado de calamidade pública para garantir os US$ 160 milhões que o TSE precisa para as eleições. Sem previsão orçamentária, a verba tem que ser justificada por estado de calamidade, comoção ou guerra.

Vai ou racha
Chegou o Dia D da revisão. PMDB e PFL vão tentar aprovar hoje uma curta agenda e adiar o processo por mais dez dias, para permitir a votação em segundo turno desses temas. O problema é o quórum em semana de feriado.

Tiro n'água
Se os líderes não chegarem hoje a um acordo sobre a revisão –terminá-la já ou adiá-la para 95–, ela se encerrará, após tanto debate, com só um item promulgado: o Fundo Social, do Plano FHC.

As bancadas do PSDB e do PT podem votar contra o adiamento da revisão para 95. Pela mesma razão: medo de que, caso elejam o presidente da República, este fique refém de um Congresso revisor no qual não terá maioria.

Salto no escuro
No STF persiste a prevenção da maioria dos ministros contra a continuação da revisão constitucional em 95, ou em anos posteriores. A atitude do Congresso de tentar a empreitada é classificada no tribunal como "de alto risco."

Melhor das hipóteses
Já há um bolão de apostas entre parlamentares de que a presidência do Congresso mandará parar o relógio do plenário hoje antes da meia-noite para dar tempo de votar e promulgar matérias da revisão antes do prazo fatal se encerrar.

Só para entender
Os ministros militares têm sempre a mesma pergunta nas reuniões sobre o aumento do funcionalismo: "Se o jornal dá todo mês que a Receita tem recordes de arrecadação, porque a Fazenda insiste em dizer que não é bem assim?"

Lugar garantido
A cúpula quercista respirou aliviada com a vitória de Cid Sampaio na convenção do PMDB-PE que escolheu o candidato a governador. A opção era aliar-se a Arraes (PSB), o que deixaria Quércia sem nenhum palanque no Estado.

Entre a ação e o desejo
Avalino Ganzer, do departamento rural da CUT, diz que a escolha de Altemir Tortelli para a direção da central não dificultou as relações com a Contag. "Filiar-se à CUT é o desejo da maioria das lideranças da Contag", afirma.

TIROTEIO
– Acho que ele devia verificar melhor. Como ele não está acostumado a andar na rua, pode ser um efeito do sol de campanha.

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