São Paulo, terça-feira, 31 de maio de 1994 |
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Técnico russo diz que não teme o Brasil
ELVIS CESAR BONASSA
Numa entrevista coletiva, Sadyrin disse não ter medo do Brasil, contra quem estréia na Copa, dia 20. Disse que a força brasileira é um "mito". "Em torno do Brasil há muito barulho e propaganda", disse à imprensa russa. Na entrevista à Folha, que teve como intéprete Yuri Ribeiro (filho do ex-líder comunista brasileiro Luis Carlos Prestes), Sadyrin mudou o tom otimista. Disse que o futebol brasileiro é "muito técnico" e está sendo enriquecido com a experiência dos jogadores que atuam na Europa. Apontou Brasil, Alemanha e Itália como os favoritos. Folha - Quais são as chances da Rússia nessa Copa, após a crise com os jogadores que se recusaram a jogar? Pavel Sadyrin - Está tudo ótimo com a nossa seleção. No dia 20, vamos vencer vocês. O Brasil vai perder (risos). Folha - O senhor afirmou que chegar às quartas-de-final já seria um grande resultado. É esse seu objetivo? Sadyrin - O ideal é ser campeão do mundo. Mas, analisando os adversários, chegar às quartas-de-final é um grande resultado. Folha - Que avaliação o senhor faz do Brasil, que o senhor há pouco classificou de "mito"? Sadyrin - Tem uma técnica refinada. Além disso, vários jogadores atuam na Europa e levam ao Brasil as qualidades desse estilo. Folha - O senhor tem acompanhado os jogos do Brasil? Sadyrin - Eu vi apenas dois videoteipes dos amistosos contra Argentina e Alemanha. Vou acompanhar melhor os outros jogos do Brasil antes da Copa. Folha - O time russo vai jogar na defesa, explorando os contra-ataques, ou vai adotar um tática ofensiva? Sadyrin - Eu ainda não sei. Vou escalar o time titular nesta última fase de preparação, na Áustria. Depois, vou analisar o time brasileiro e decidir a tática mais adequada para enfrentá-lo. Folha - Quais são os favoritos para levar a Copa? Sadyrin - Brasil, Alemanha e Itália. Folha - A crise com os jogadores reduziu a chance da Rússia? Sadyrin - Nenhuma seleção se preparou tanto como a nossa, para no fim ficar em situação difícil. Após as eliminatórias, tivemos que mudar todo o time. Agora, há pouco tempo para nos prepararmos. Texto Anterior: O Corinthians da NBA Próximo Texto: Até aliados são céticos Índice |
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