São Paulo, terça-feira, 31 de maio de 1994
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Sem suas duas maiores estrelas, Holanda busca a primeira Copa

DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção holandesa convocada por Dick Advocaat tem poucas surpresas. A base é o Ajax, clube mais tradicional do país, que forneceu sete dos 22 jogadores. Entre eles, estão os irmãos gêmeos De Boer, Ronald e Frank.
As ausências dos astros Marco Van Basten, contundido, e Ruud Gullit, que deixou ontem a seleção, significam que Dennis Bergkamp terá a responsabilidade de estar em sua melhor forma para liderar a equipe.
Bergkamp é um individualista, beneficiado pelo estilo fluido da equipe holandesa.
A seleção joga rolando a bola o tempo todo, criando espaços para que o atacante da Internazionale de Milão se infiltre entre os zagueiros.
Advocaat deve escalar Bergkamp em sua posição favorita, logo atrás do centroavante.
Gullit estava cotado para atuar nesse papel ao lado de Bergkamp. Sua saída da seleção vai alterar os planos do treinador.
Advocaat terá em mãos uma equipe experiente. Além de Bergkamp, serão peças fundamentais o goleiro Ed de Goey, o zagueiro Ronald Koeman e os meio-campistas Rijkaard e Wouters.
O sistema adotado deverá ser o 3-3-4, adaptado de forma a dar liberdade aos jogadores mais habilidosos da Holanda.
Uma vantagem dos holandeses é contar com um bom banco de reservas. Se, por exemplo, Ronald Koeman não jogar bem, Danny Blind, do Ajax, está pronto a tomar seu lugar.
Um ponto fraco da Holanda é o lado direito da defesa. Disputam a posição Stan Valckx e Ulrich van Gobbel, nenhum dos dois excepcional.
Os holandeses estão otimistas para esta Copa. Querem acabar de vez com o rótulo de "melhor seleção do mundo que nunca venceu um Mundial".
Hoje, excepcionalmente, deixamos de publicar a análise de Jairo dos Santos, observador da seleção brasileira

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