São Paulo, quarta-feira, 1 de junho de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Governo coloca títulos de longo prazo
RODNEY VERGILI
As LFTs saíram com juros entre 0,33% ao ano (vencimento em março do próximo ano) e 0,42% ao ano (maio de 1995) mais a rentabilidade do over (negócios por um dia entre instituições financeiras). Houve a colocação total também de 1,95 bilhão de Notas do Tesouro Nacional (NTNs) em Unidade Real de Valor (URV), correspondente a US$ 1,99 bilhão. Os papéis de 29 dias foram comprados basicamente por fundos de curto prazo em URV. Os juros das NTNs foram de 40,84% ao ano. O Banco Central rejeitou as propostas dos títulos prefixados: os Bônus do Banco Central. A autoridade não quis referendar as expectativas de inflação e juros reais embutidos nos papéis prefixados. Ontem, o mercado teve dificuldade também de colocar Certificados de Depósito Bancário de 90 dias. A estimativa de inflação para o período é um tiro no escuro. Os papéis prefixados de 90 dias são uma ficção, define um operador. Os negócios concentraram-se em CDBs corrigidos pela Taxa Referencial. Os juros dos CDBs com TR variaram entre 13% e 16% ao ano, ficando em média de 14% ao ano. Nas operações com CDBs corrigidos pela URV, os juros variaram entre 25% e 34% ao ano, mas chegaram a 38,5% em algumas operações. As Bolsas de Valores abriram em forte alta, mas que não se sustentou. Os fundos de ações e outros investidores institucionais procuraram "puxar" as cotações, para conseguirem fechar o balancete mensal com melhor lucratividade. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões registravam rentabilidade diária de 1,660% no último dia 27, correspondente a uma projeção de 41,67% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros oscilaram entre 54,19% e 54,20% ao mês por um dia. CDB e caderneta As cadernetas que vencem dia 1º rendem 47,1722%. As taxas dos CDBs de 30 dias indexados à Taxa Referencial variaram entre 9% e 16% ao ano. Empréstimos Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: de 54,39% a 55,00% ao mês. Para 30 dias (capital de giro): de 16% a 18% ao ano mais TR. AÇÕES Bolsas São Paulo: alta de 1,5%, fechando com 24.672 pontos e volume financeiro de CR$ 408,304 bilhões, contra CR$ 235,92 bilhões no dia anterior. Rio: elevação de 2,1% (I-Senn), fechando com 94.995 pontos e volume financeiro de CR$ 77,67 bilhões, contra CR$ 39,96 bilhões no dia anterior. Bolsas no exterior O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou com 3.758,37 pontos, no dia anterior foi feriado. O índice Financial Times da Bolsa de Londres fechou com 2.354,20 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 20.973,59 pontos, com alta de 134,62 pontos em relação ao dia anterior. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 1.875,25 (compra) e CR$ 1.875,26 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 1.843,85 (compra) e CR$ 1.843,87 (venda). "Black": CR$ 1.860,00 (compra) e CR$ 1.875,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 1.840,00 (compra) e CR$ 1.845,00 (venda). Dólar-turismo: CR$ 1.810,00 (compra) e CR$ 1.870,00 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: alta de 1,85%, fechando a CR$ 23.150,00 o grama na BM&F. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para junho fechou em 48,54%. No mercado futuro de dólar, a expectativa de desvalorização cambial para junho ficou em 42,21%. O mercado futuro do índice da Bolsa paulista para junho fechou com 29.250 pontos, o que projeta lucratividade de 40,55%. Texto Anterior: Gol 1000 e o Uno Mille desaparecem das revendas Próximo Texto: Lei que criou URV fixa maio como o mês do reajuste anual Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |