São Paulo, quarta-feira, 1 de junho de 1994 |
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Acusado tem cadeira na Câmara desde 1958
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Ele ficou afastado da política até 1952, a pedido da mãe. Depois que ela morreu, "Rosty" resolveu assumir a cadeira que pertencera ao pai no Legislativo estadual de Illinois, meio-oeste dos Estados Unidos. Em 1958, com as bênçaos de Daley, foi para Washington. Reelegeu-se sem problemas por 36 anos. A única vez que teve oposição no partido foi este ano. Em março, enfrentou quatro adversários na eleição primária. O presidente Bill Clinton foi fazer comício por ele em Chicago. Apesar das acusações de corrupção que já pesavam contra ele, "Rosty" teve 50% dos votos. Em novembro, se estiver livre, deve ser reeleito. Seus primeiros anos na Câmara foram de obediência cega ao esquema político de Daley. Em 1968, pela primeira vez agiu por conta própria ao passar para a oposição ao envolvimento dos EUA na Guerra do Vietnã. "Eu não tinha como explicar aos garotos do colégio em meu distrito por que eles deveriam ir morrer no fim do mundo por razões em que ninguém acreditava", explicou ele ao então presidente Lyndon Johnson. Rostenkowski nunca foi uma figura de expressão nacional. Silencioso, discreto, especializou-se nas minúcias do regimento interno da Câmara dos Representantes e nos mecanismos da Comissão de Orçamento, da qual é membro há 30 anos e presidente há 14. Mestre consumado da lógica política do "uma mão lava a outra", Rostenkowski é respeitado pelos colegas dos dois partidos. Era o principal aliado do presidente na tramitação no Congresso da reforma do sistema nacional de saúde proposto pela primeira-dama Hillary Clinton. (CELS) Texto Anterior: Escândalo afastou antecessor Próximo Texto: Ex-assesssor paga viagem Índice |
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