São Paulo, quinta-feira, 2 de junho de 1994 |
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"Gênero está agonizando", diz banda
DA REPORTAGEM LOCAL Para algumas bandas, o rock pode não ter morrido em São Paulo, mas está agonizando. O motivo: há cada vez menos lugares onde tocar o que mais gostam –cover (músicas de outras bandas).Essa é a opinião da banda Columbia, uma das pioneiras do gênero cover em São Paulo, criada no início dos anos 80. O fundador da banda, Wallave Van Loon, 37, diz que torce para que o rock "ressuscite mesmo", mas afirma que, baseado na estatística "financeira", isso é pouco provável. "Até o início dos anos 90 havia uma infinidade de lugares para se tocar Deep Purple, Led, Police... Hoje dá para contar nos dedos o número de casas que aceitam isso." Wallace diz ter saudades dos tempos onde a moda em São Paulo eram casas como Woodstock (onde outra banda pioneira, a Rock Memory, reinava), Calabar e Radar Tantã. A saída para os músicos da Columbia, que dizem se orgulhar de terem se mantido financeiramente durante dez anos "apenas tocando", foi encontrar profissões paralelas. "Quem aproveitou a era do cover, muito bem. Quem não aproveitou, dançou", diz o baixista Wallace. Hoje ele aluga aparelhagens para shows e diz faturar até US$ 20 mil por mês. O vocalista da banda, Edu, 32, divide seu tempo entre a banda e um bar-restaurante. Texto Anterior: Rock tenta 'ressuscitar' na cidade Próximo Texto: Mapa do rock inclui Pinheiros e Bixiga Índice |
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