São Paulo, quinta-feira, 2 de junho de 1994 |
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Bamerindus estuda baixar as tarifas para atrair clientes
NELSON BLECHER
O Bamerindus analisa a possibilidade de baixar as tarifas de serviços, prevendo que concorrentes poderão aumentá-las com a estabilização econômica. Este deverá ser um dos ingredientes da estratégia de marketing que orientará o realcionamento do banco com seus clientes após a chegada do real. "É um grande equívoco achar que bancos precisam de inflação para sobreviver", afirma o diretor-superintendente Belmiro Valverde Jobim Castor . "As instituições internacionais mais lucrativas operam em ambiente não inflacionário", acrescenta. O Bamerindus, terceiro maior banco privado do país em volume de recursos e dono da segunda maior rede (1.350), está se preparando para ampliar de 2,5 milhões para 4 milhões o número de correntista. Com a entrada do real a partir de 1º de julho, há expectativa de que expressiva parcela do mercado informal será incorporado às redes bancárias, atraída pela concessão de crédito. O Bamerindus que cooptar clientela de pequenos bancos que deverão voltar a operar em mercados especializados. "Estamos prontos a reassumir a função tradicional de um grande banco de varejo: prestar serviços e estender o crédito", afirma. O montante de crédito concedido pelo Bamerindus cresceu de US$ 2,2 bilhões para US$ 4,8 bilhões no espaço de um ano e meio, de acordo com o superintendente. Segundo Castor, a perspectiva de estabilidade econômica não devem provocar novos cortes de pessoal. "Contamos hoje com um quadro enxuto de 31 mil funcionários em comparação ao contigente de 42 mil em 1985 e de 35 mil ao início desta década". A expectativa é que deverão ser reduzidas as atividades ligadas aos ganhos financeiros gerados pela inflação: "Hoje, o número de operações de clientes gira em torno de quatro por dia". Texto Anterior: PIS terá nova base de cálculo para bancos e seguradoras Próximo Texto: Saldo da poupança sai em URV Índice |
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