São Paulo, quinta-feira, 2 de junho de 1994
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Banco Central fixa normas para evitar especulação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco Central editou ontem medidas para evitar a especulação no mercado financeiro na virada para julho, estréia do real.
As novas regras valerão de 28 a 30 de junho e impedem os bancos de obter lucro com a esperada queda da inflação e das taxas de juros nominais a partir de julho.
Os bancos poderiam utilizar suas reservas em moeda nacional e estrangeira em aplicações de juros diários, que só seriam pagas em 4 de julho, primeiro dia útil após a troca da moeda.
Uma compra de dólares junto ao BC feita em 29 de junho, por exemplo, seria paga só em 4 de julho, já com os juros reduzidos. Enquanto isso, o comprador receberia um juro maior aplicando os dólares no mercado interbancário.
Para evitar essa manobra, o BC não permitirá que os bancos tenham sobras em moeda estrangeira em 29 e 30 de junho. Nesses dias os bancos recolherão toda a sobra ao BC.
Além disso, as compras de dólar junto ao BC no dia 29 terão que ser pagas no dia seguinte. Hoje, o pagamento é feito dois dias úteis depois.
Também ficou mais rígida a exigência de recolhimento obrigatório de cruzeiros pelos bancos ao BC, de 28 a 30 de junho. Eles terão que manter 100% dos recursos médios exigidos junto ao BC.
Normalmente, a regra é mais flexível. Os bancos podem recolher 85% do exigido em um dia e 115% no dia seguinte, por exemplo.

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