São Paulo, quinta-feira, 2 de junho de 1994
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Clinton vai à Europa para reabilitar a sua imagem

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, iniciou ontem viagem de oito dias à Europa em comemoração ao 50º aniversário da invasão da Normandia pelas tropas aliadas durante a Segunda Guerra Mundial.
Ele espera que a missão possa melhorar sua imagem diante do público norte-americano. Recentes pesquisas de avaliação de seu governo mostram os índices mais baixos de aprovação em um ano.
Ao lado do monumento conhecido como "Vitória Alada", criado pelo escultor Daniel Chester French para homenagear os integrantes do 1ª Divisão Blindada do Exército, o presidente falou a veteranos da Segunda Guerra antes de viajar para Roma.
"Obrigado por 50 anos de liberdade", disse ele aos veteranos, como parte de um esforço para atenuar as dificuldades que tem tido com os militares durante sua administração.
Clinton, por ser presidente, é o comandante-em-chefe das Forças Armadas dos EUA. Mas ele, ao contrário da maioria de seus predecessores, nunca prestou serviço militar e usou de artifícios para escapar dele em 1968.
Ele também elogiou seus conterrâneos que participaram do esforço de guerra em casa: "Eles deram sua contribuição, as mulheres que trabalharam nas fábricas, os agricultores que produziram alimentos para os soldados, os homens que trabalhavam até 16 horas por dia nas minas de carvão para manter os motores de nossa indústria bélica operando, as crianças que coletavam metais e borracha para servirem de matéria-prima".
Clinton nasceu dois anos depois do Dia D. Seu pai, William Jefferson Blythe, que morreu num acidente de automóvel três meses antes antes de ele nascer, participou como recruta da invasão aliada da Europa, há 50 anos.
No total, 16.353.659 norte-americanos serviram as Forças Armadas durante a Segunda Guerra Mundial. Deles, 407.316 morreram durante o conflito e 670.846 ficaram feridos.

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