São Paulo, sexta-feira, 3 de junho de 1994
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Periscinoto defende patrocínio

DA REDAÇÃO

O publicitário Alex Periscinoto apresentou, durante o debate, o ponto de vista dos publicitários na questão do marketing cultural.
Para ele, o passo fundamental para a evolução do marketing para a cultura é "perder a vergonha do logotipo".
"Eu tenho esse respeito pelo logotipo. Se ele paga o preço justo para fazer um espetáculo e ele tem um produto que é lícito fabricar, amém três vezes", afirmou.
O publicitário disse que os artistas e a imprensa já perderam a vergonha do logotipo.
"Os artistas são os apóstolos. Melhor do que um político ou empresário falar bem da empresa é um artista falar bem ou apenas mencionar seu nome."
E concluiu: "Se a imprensa repete isso, abençoado momento esse do retorno".
Segundo ele, a empresa se valoriza ao se associar a um evento cultural importante. O publicitário citou o caso da Souza Cruz, que promove o Free Jazz e o Hollywood Rock, entre outros.
Periscinoto lembrou sua experiência como presidente da Fundação Bienal para valorizar a importância do logotipo.
"Uma pessoa da diretoria da Bienal me denunciou no Condephaat porque eu mandei colocar placas com logotipos nas janelas do prédio da Bienal. Cada placa dava US$ 40 mil. Ele dizia que as placas danificavam uma propriedade da prefeitura. Mas o Condephaat liberou o uso."
Segundo o publicitário, a distância entre comércio e arte deveria ser encurtada.
"Eu imaginava que a distância era ainda maior. Mas é preciso estreitar mais esses laços. E o marketing cultural é a aproximação entre esses dois mundos".
A Fórmula 1 foi usada como exemplo de marketing. "Ou a Fórmula 1 tem logotipo ou não existe. Por que a cultura não pode ser assim?"
Para Periscinoto, "o marketing cultural está melhorando a vida brasileira". "Além de todas as vantagens, o marketing ainda pode gerar empregos", afirmou.

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