São Paulo, sexta-feira, 3 de junho de 1994 |
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Ferreira pede vontade política
DA REDAÇÃO O presidente da Fundação Bienal, Edemar Cid Ferreira, tentou destacar a importância da relação entre Estado e iniciativa privada no setor cultural.Segundo Ferreira, a participação do Estado deve ser minorada. "Efetivamente, o Estado não é competente para dirigir as atividades culturais", disse. O empresário afirmou que a direção das questões culturais deve ficar nas mãos de entidades e fundações com administração privada, como é o caso da Fundação Bienal. Por isso, Ferreira defende a privatização do Teatro Municipal. "Eu acho que o teatro tinha que ser privatizado em benefício do marketing cultural." Para ele, a contribuição do Estado deve vir com a isenção de impostos. "É fundamental uma cumplicidade entre Estado e iniciativa privada para favorecer a população. O imposto existe para isso. Então falta o quê? Falta a vontade política." Com a experiência à frente da Fundação Bienal, o empresário afirmou que faltam recursos para o setor. "O Estado tem sido muito parcimonioso na distribuição de recursos. Falta a vontade de dizer que cultura é tão importante quanto saúde e educação. A cultura tem que ter uma verba significativa dos poderes Executivo e Legislativo." Junto com a maioria dos debatedores, Ferreira defendeu a Lei Sarney. "Sinto hoje uma falta muito grande dela. Não que fosse uma lei perfeita, longe disso, mas uma lei muito melhor do que essa que está aí." O segredo do patrocíno, segundo o presidente da Fundação Bienal, está no retorno. "Você tem que devolver cada centavo que recebeu do patrocinador". Ferreira concluiu reafirmando a importância da isenção de impostos para o patrocínio cultural. "Nós temos que tratar do imposto como uma alavancagem importantíssima para essa nossa atividade." Texto Anterior: Muylaert vê falhas nos projetos Próximo Texto: Periscinoto defende patrocínio Índice |
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