São Paulo, sexta-feira, 3 de junho de 1994
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Indústria documenta o uso de trabalho escravo

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O grupo industrial Daimler-Benz publica esta semana livro de 560 páginas no qual documenta o seu uso de trabalho escravo durante a Segunda Guerra Mundial.
O estudo ouviu 270 sobreviventes que lembraram as condições de trabalho nas fábricas militares do grupo durante a guerra.
O estudo tem o objetivo de }honrar a memória das vítimas e advertir as gerações futuras, declarou Edzard Reuter, da direção do grupo industrial alemão.
Cerca de 60 mil pessoas internadas em campos de concentração alemães foram obrigadas a trabalhar para o grupo a partir de 1941.
O estudo afirma que os empresários da época pediam às autoridades nazistas essa mão-de-obra a custo quase zero, ainda quando sabiam que ela seria explorada de forma desumana.
"Tínhamos de mostrar as mãos, a língua e os dentes como vacas. Nos selecionavam como vacas: os patrões nos examinavam e depois nos levavam em caminhões", disse uma tcheca presa no campo de Ravensbruck levada para trabalhar em fábrica de motores.

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