São Paulo, sábado, 4 de junho de 1994 |
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Amin e Medeiros passam despercebidos em SP
AMÉRICO MARTINS
A foto de Esperidião Amin e Luiz Antônio de Medeiros publicada nesta matéria, saiu com crédito errado. O autor da foto é Otavio Dias de Oliveira. Amin e Medeiros passam despercebidos em SP O senador Esperidião Amin (PPR-SC) e o sindicalista Luiz Antônio de Medeiros (PP) provaram ontem que suas candidaturas à Presidência e ao governo de São Paulo dependem do prefeito Paulo Maluf (PPR). Poucas pessoas os reconheceram no Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo), na estação Barra Funda do Metrô e no centro da cidade. Os assessores e o candidato a vice de Medeiros, Salim Curiati, eram obrigados a seguir na frente, trazendo eleitores para cumprimentá-los. Em Pinheiros, a situação foi pior: o Mercado Municipal estava completamente vazio. Os dois se limitaram a cumprimentar os comerciantes. Apenas um se declarou eleitor de Amin, por também ter nascido em Santa Catarina. A situação começou a se inverter à tarde, quando Maluf aderiu ao corpo-a-corpo dos candidatos. Os três almoçaram juntos num restaurante árabe em Pinheiros. A casa foi praticamente fechada pelos cabos eleitorais. Depois, eles foram ao largo Treze de Maio, em Santo Amaro, e provaram a popularidade do prefeito. Maluf ficou apenas 15 minutos, mas reuniu uma multidão maior do que os dois candidatos conseguiram durante o dia todo. Um dos empecilhos para o crescimento de Amin em São Paulo é o improviso da campanha de Medeiros. Existe uma avaliação na própria campanha de que os assessores estão trabalhando de maneira isolada, especialmente com relação à propaganda do candidato. Esses problemas fizeram com que alguns dos assessores de Medeiros chegassem a classificar a campanha de "clandestina". Para tentar sanar os problemas e promover seus candidatos, o prefeito vai intensificar sua participação na campanha. Ele decidiu dedicar pelo menos dois dias da semana –as sexta-feiras e sábados– para acompanhar Medeiros em viagens pelo interior do Estado. Já acertou também uma viagem com Amin pela região do Triângulo Mineiro. Amin evitou fazer críticas aos adversários. Quem fez esse papel foi o próprio Maluf, que voltou a chamar o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de "despreparado". Ele também afirmou que as posições assumidas por Fernando Henrique Cardoso (PSDB) na campanha "não são de firmeza". No Ceagesp, Amin brincou com Seishun Hanashiro, careca como ele. O candidato pediu a Hanashiro que cuidasse bem da cabeça. Texto Anterior: FHC reconhece que diz 'coisas' imprudentes Próximo Texto: Sindicalista discute com Covas na televisão Índice |
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