São Paulo, sábado, 4 de junho de 1994
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Para ACM, Plano Real não sustenta FHC

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O ex-governador da Bahia Antônio Carlos Magalhães (PFL) disse ontem que a candidatura de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) à Presidência não deve se sustentar apenas nos resultados do Plano Real.
Na última terça-feira, durante visita ao interior de São Paulo, o tucano disse: "O plano (econômico) é meu. É a perna da campanha e já demonstrou confiabilidade. Nossa candidatura é decorrência do plano".
PSDB, PFL e PTB se coligaram para apoiar Fernando Henrique na disputa pelo Palácio do Planalto. ACM é, pelo lado do PFL, o principal avalista da aliança.
Segundo o ex-governador, em entrevista à rádio Gaúcha de Porto Alegre, "o real não é a única âncora" da candidatura do PSDB.
ACM avalia que a sustentação de seu candidato à Presidência vai se dar através das"metas que ele (FHC) está coletando e um bom programa de governo que o seu partido tem, e o nosso (PFL) tem um ainda melhor".
Mesmo considerando que o desempenho eleitoral de Fernando Henrique não deve ficar atrelado ao sucesso das medidas econômicas, o principal líder pefelista acha que o plano vai dar certo.
O ex-governador disse que o tucano "só poderia ser vítima de si mesmo", ao comentar a hipótese de ele não disputar o segundo turno da eleição com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto.
No entanto, ACM ressalva, que esse perigo "já passou" para Fernando Henrique.
Agora "ninguém preocupa ou ameaça a candidatura de Fernando Henrique Cardoso", avalia o ex-governador.
Na sua opinião, o nome do ex-ministro da Fazenda entre os eleitores "está se firmando e seus concorrentes, salvo Lula, não conseguirão passá-lo", afirmou.
Para o ex-governador, FHC se firmou como candidato após os tropeços iniciais, provocados pelo seu próprio partido.
"Ele (Fernando Henrique) mudou, está mais ao gosto popular e sua candidatura está se fixando junto à população", disse.
Segundo ele, FHC vencerá a eleição porque a população tem um receio natural da "incompetência de Lula" para dirigir o país.
O ex-governador é candidato a uma das duas vagas da Bahia no Senado.

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