São Paulo, sábado, 4 de junho de 1994
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Supermercados podem permanecer fechados dia 30

Intenção é ter tempo de mudar os preços para o real

MARISTELA MAFEI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os supermercados de São Paulo cogitam fechar suas lojas na quinta-feira, 30, para ter tempo hábil de abrir as portas em lº de julho com os preços expressos em real.
O Carrefour já decidiu que irá fechar suas lojas na quinta-feira. A rede Barateiro, no momento, está inclinada a tomar a mesma decisão.
A proposta será discutida pelo conjunto do setor na próxima reunião da Associação Paulista dos Supermercados (Apas), na sede da entidade, em São Paulo, no início da semana.
Inicialmente, a rede Barateiro havia cogitado colocar gradativamente etiquetas azuis para preços em URV, de modo a familiarizar o consumidor com a nova moeda.
"Chegamos a manter cartazes em algumas lojas por um dia informando sobre as etiquetas em azul, mas depois consideramos que é melhor levarmos todas as sugestões para a reunião da Apas para que o consumidor tenha a chance de encontrar os supermercados com uma mesma orientação no dia 1º, de modo a se evitar confusões", disse João D'Almeida Filho, diretor de marketing da rede.
No caso do Carrefour, ficou mais fácil tomar a decisão. É que, tradicionalmente, a rede fecha suas lojas no dia 30 de junho para balanço. O que muda, agora, é que o grupo irá aproveitar a ocasião para colocar as etiquetas em real.
Caso não consigam autorização para manter as etiquetas em cruzeiros reais até 3 de julho, os supermercados do Rio também cogitar fechar no dia 30.
Uma outra alternativa que será avaliada pelos supermercados paulistas é a de começar a vender somente em URV uma semana antes da entrada do real. Nessa hipótese, a caixa registradora emitiria o tíquete em real e a operadora faria a conversão, em calculadora, para cruzeiros reais.
Para isso, a Secretaria da Fazenda teria que autorizar a realização da contabilidade somente no indexador– como ocorre no Rio Grande do Sul.
Armando Jorge Peralta, presidente da Apas, avalia que, com a chegada da URV também aos produtos de giro rápido, "passa a ficar bastante complicado para os supermercados manter os preços em cruzeiro real. (MM)

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