São Paulo, sábado, 4 de junho de 1994
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México ainda procura uma tática de jogo para estrear no Mundial

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A seleção do México ainda não apresenta um estilo definido. Com a demora para definir os 22 convocados –o último corte, de Guillermo Mu¤oz, aconteceu anteontem–, o técnico Miguel Mejía Barón resumiu-se a declarações como "não prometemos nada".
Barón realizou inúmeras combinações na escalação, sem descobrir o time que considerasse ideal: fez testes como colocar atacantes na defesa e jogar com dois e três centroavantes.
A indefinição provocou críticas constantes na imprensa mexicana, que apontavam os problemas como futuros responsáveis pela não-classificação do time na segunda fase da Copa do Mundo.
A reação partiu dos próprios jogadores. O veterano atacante Hugo Sanchez, que deverá seguir depois da equipe para os Estados Unidos, pois não foi ainda liberado pelo seu time, o Rayo Vallecano espanhol, disse que as "possibilidades do time são enormes".
Segundo Sanchez, "o bom futebol apresentado no ano passado será reprisado no Mundial".
O atacante Luis Garcia concordou, dizendo que espera uma boa colocação do México porque o time "tem qualidade e desejo de cumprir um bom papel".
A onda de otimismo obrigou o técnico Mejía Baron a mudar de tática e a divulgar, em uma carta à imprensa, que tem ilusões de disputar a final da Copa.
"Pode parecer algo impossível, mas, se lutarmos muito, podemos conseguir", disse.
As maiores críticas ao time mexicano centralizam-se na defesa. O estilo rápido de ataque de seus adversários na Copa (Noruega, Itália e Irlanda) deve ser o principal problema dos zagueiros, lentos e pouco criativos.
Os testes continuam. O México enfrenta hoje os Estados Unidos, em amistoso disputado em Pasadena, nos Estados Unidos. Em Miami, joga contra a Irlanda do Norte. A estréia na Copa acontece no dia 19, contra a Noruega.

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