São Paulo, domingo, 5 de junho de 1994 |
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Amin pede 'coesão' ao time
MAURICIO STYCER
Abaixo trechos da entrevista de Esperidião Amin à Folha: Folha - Com que frequência o sr. joga futebol? Esperidião Amin - Jogo desde 1975, em Florianópolis, no time Primavera Esporte Clube. Lá já fiz três gols olímpicos, batendo da ponta direita com o lado de fora do pé direito, como o Nelinho (ex-jogador do Cruzeiro). Folha - O sr. é um especialista em cobrança de escanteio? Amin - Não, só gosto de me divertir. Se me chamarem de perna-de-pau não vou desmentir. Folha - Gol olímpico não é coisa de perna-de-pau. Os goleiros eram correligionários? Amin - (rindo) Um deles era. Folha - O sr. está otimista ou preocupado com a seleção? Amin - Não se trata de ficar preocupado. Só que a seleção não pode jogar de salto alto. O que vai definir a possibilidade de nós ganharmos é a coesão e a solidariedade da equipe. Folha - O Romário seria um exemplo da falta de coesão? Amin - Se o Romário amadurecer, ele pode ser o fator de coesão. E pode também ser o fator de desagregação. O Romário representa hoje essa dualidade. Time de futebol, família e turma de aula, ou você administra com critério ou você desagrega. Folha - O sr. acha que a conquista da Copa pelo Brasil pode ter influência eleitoral? Amin - Quem estiver fazendo a pregação do "quanto pior, melhor" vai ser prejudicado pela vitória do Brasil na Copa. Folha - Quem está fazendo campanha assim? Amin - Não quero transformar minha constatação sociológica numa provocação. Texto Anterior: Lula teme 'frescura' da seleção Próximo Texto: 'Vamos apostar no 4-4-2', diz FHC Índice |
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