São Paulo, domingo, 5 de junho de 1994 |
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Lula teme 'frescura' da seleção
MAURICIO STYCER
Folha - O sr. era meia-esquerda na juventude. Lula - Não. Eu era meia-armador. E bom meia-armador (risos). Eu jogava com a oito. Folha - Quem joga com a oito na seleção hoje é o Dunga. Lula - Eu preferia o Didi. O Gerson em 70 jogou com a oito... Folha - O sr. era um driblador ou jogava para o time? Lula - Era meia-armador de verdade: preparava o prato para os companheiros comerem. Folha - Quais os adversários do Brasil que o sr. mais teme? Lula - Tenho muita preocupação com a Alemanha e a Itália. Os alemães são muito profissionais, encaram aquilo como uma profissão, colocam o coração acima de qualquer coisa e vão para ganhar. Acho que o Brasil tem muito mais técnica, mas age de forma muito mais irresponsável. Folha - O Romário seria um exemplo disso? Lula - O Brasil não tem tanta determinação. Porque tudo na vida você faz com determinação. Se os jogadores que estão na seleção colocarem como objetivo superior na vida deles ganhar a Copa do Mundo, e para isso pararem com qualquer frescura, acho que eles conseguem. Porque são bons. O Romário tem tudo para ser a grande explosão da Copa. Folha - O que o sr. achou da ida do técnico Jair Pereira para o Corinthians? Lula - Sinceramente, não concordo com a metodologia que foi utilizada para escolher o técnico. Você não pode contratar um técnico quando o outro está esperando que você vá renovar o contrato dele. Acho isso falta de respeito. Texto Anterior: Candidatos correm atrás da bola na Copa Próximo Texto: Amin pede 'coesão' ao time Índice |
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