São Paulo, domingo, 5 de junho de 1994
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"Campeão moral" fica em terceiro

ANDRÉ FONTENELLE

A seleção voltou da Argentina sem derrota na Copa e apenas com o título de "campeã moral", outorgado pelo próprio técnico Cláudio Coutinho.
O treinador foi muito criticado por suas teorias, que incluíam termos rebuscados como "ponto futuro" e "overlapping", termos que descreviam a jogada em que o lateral ultrapassa o ponta para cruzar, viraram as palavras da moda.
Na estréia, contra a Suécia, 1 a 1. Zico ainda fez um gol no último instante, de cabeça, após escanteio, mas o jogo com a bola no ar.
Após o 0 a 0 contra a Espanha, o presidente da CBD, almirante Heleno Nunes, exigiu alterações na equipe.
Entraram Jorge Mendonça e Roberto nos lugares de Zico e Reinaldo. O time melhorou um pouco e derrotou a Áustria por 1 a 0, gol de Roberto, e passou à segunda fase.
A equipe deslanchou, então, vencendo o Peru (3 a 0) e a Polônia (3 a 1) e empatando com a argentina na "batalha de Rosario" (0 a 0).
O Brasil ficou a um passo da final. Bastava que a Argentina não derrotasse o Peru por 4 a 0 ou mais.
O jogo acabou 6 a 0. O Brasil teve que engolir as supeitas de suborno.
Ficou com o terceiro lugar, ao vencer por 2 a 1 a Itália, com um gol belíssimo de Nelinho – um tiro que enganou o goleiro italiano Zoff pela incrível curva descrita pela bola.
(AFt)

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