São Paulo, domingo, 5 de junho de 1994
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Brasil é o favorito para disputar a final

HUMBERTO SACCOMANDI
DA REPORTAGEM LOCAL

Jornalistas dos países que disputam a Copa querem ver o Brasil na final. Eles consideram a seleção brasileira favorita para ganhar o Mundial dos EUA.
A Folha falou com os mais importantes jornais de 19 dos 23 países que disputam a Copa com o Brasil. Foram entrevistados editores de esporte e especialistas em futebol.
Eles opinaram sobre o favorito para vencer a Copa, a final preferida, a equipe que pode surpreender e o jogador que deve se destacar. Falaram ainda sobre o Brasil e a equipe de seus países.
Sete gostariam de ver Brasil e Alemanha na final. Surpreendentemente, Brasil e Colômbia é a final dos sonhos de três jornalistas.
Não gostariam de ver o Brasil na final Luis Gomes, do espanhol "El País", Danayl Kanev, do búlgaro "Duma", e Peter Puhler, do suíço "Tages Anzeiger Zurich".
O Brasil foi apontado favorito ao título por 13 jornalistas. Alguns indicaram mais de um favorito.
Somente Hector Hugo Cardoso, editor esportivo do "Clarin", de Buenos Aires, acredita que a Argentina possa chegar à final.
A Colômbia aparece destacada como a mais provável surpresa desta Copa. "Pelo que vem jogando, quase não dá mais para considerar como surpresa", disse Steven Goff, especialista em futebol do "The Washington Post".
"Não acredito em surpresa. É preciso experiência de campeão para ganhar uma Copa. Nenhum azarão deve passar das quartas-de-final", disse Abdullah Aldhuwaihy, do jornal saudita "Ar-Riad".
O italiano Roberto Baggio e o brasileiro Romário dividem as expectativas para melhor jogador, com sete menções cada. Novamente, vários jornalistas preferiram indicar mais de um candidato.
Uma das principais revelações dessas entrevistas foi a elevação da Colômbia ao nível de potência mundial de futebol. Apesar de não ter recebido nenhum voto como favorita, a equipe sul-americana impõe respeito no mundo inteiro.
Além de estar entre os finalistas preferidos, dois jogadores colombianos figuram entre os destaques da Copa, Asprilla e Valencia.
A pesquisa com jornalistas estrangeiros não teve um caráter quantitativo –o número de entrevistados não é suficiente. A sondagem é qualitativa, já que foram ouvidos formadores de opinião de grandes jornais.
Não participam da pesquisa jornais da Rússia, Romênia, Nigéria e Camarões. Problemas de comunicação, de língua e operacionais dificultaram o contato.

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