São Paulo, segunda-feira, 6 de junho de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Diplomatas não foram avisados

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

Os conflitos gerados pelos garimpeiros chegaram em abril deste ano à fronteira do Brasil com a Colômbia. O resultado foi a deportação de 230 garimpeiros.
O Exército colombiano deportou na segunda quinzena de abril os garimpeiros que trabalhavam ilegalmente no rio Inírida (Colômbia).
Um dos garimpeiros afirmou à Agência Folha que os brasileiros trabalhavam sob o domínio de grupos guerrilheiros colombianos. Valdir Ribeiro da Silva, 34, foi preso pelo Exército colombiano na primeira semana de abril.
Silva disse que não houve violência por parte dos soldados colombianos, mas que o Exército "deixou claro que não admitiria reação" quando enviou 1.200 homens para deter os brasileiros.
Os garimpeiros disseram que trabalhavam em áreas controladas pela guerrilha colombiana, cujo principal representante naquela região é o grupo Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O Comando Unificado do Sul –pelotão de fronteira do Exército colombiano– apurou no final do ano passado que a Farc estava recebendo armas fornecidas pelo grupo guerrilheiro peruano Sendero Luminoso.
Diplomatas
O consulado da Venezuela em Roraima e o Itamaraty afirmam desconhecer as denúncias de prisão e espancamento de garimpeiros na Venezuelana.
"Não recebemos nenhum comunicado oficial sobre esses supostos desaparecimentos", disse o vice-cônsul da Venezuela em Roraima, Pedro Madrid.
O porta-voz do Itamaraty Luiz Fernando Benedini disse que as chancelarias e o Exército dos dois países mantêm um estreito relacionamento de trocas de informações sobre os garimpeiros.
Segundo ele, não se apurou nos últimos dias o desaparecimento dos três garimpeiros.

Texto Anterior: Alianças trazem algumas curiosidades
Próximo Texto: Incidentes chegam à Colômbia
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.