São Paulo, terça-feira, 7 de junho de 1994
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Sistema é baseado em estudos italianos

DA FOLHA VALE

A idéia de utilizar o satélite ERS-1 para prever a safra no Brasil surgiu com os estudos que estão sendo feitos na Itália, um dos países mais avançados nesse trabalho de sensoriamento.
Os italianos investiram US$ 5 milhões em cinco anos para viabilizar o seu sistema de sensoriamento remoto.
O pesquisador Antonio Roberto Formaggio, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), diz que ainda não é possível calcular se o gasto no Brasil vai ser proporcional ao europeu.
Segundo Formaggio, será necessário adaptar o uso do satélite no país. Esta adaptação inclui um trabalho de campo para delimitar quais as áreas que vão servir de amostragem para cada uma das culturas analisadas.
Com base nos dados obtidos, será possível projetar a produção nas demais regiões.
O ERS-1 foi lançado em julho de 91 pela Agência Espacial Européia. No Brasil, as imagens são recebidas em uma estação instalada em Cuiabá, no Mato Grosso, que abrange todo o Brasil e outros nove países da América do Sul.
A imagem fornecida pelo satélite é colocada em computador. Ela fornece para os pesquisadores qual a área plantada com cada uma das culturas.
Com este dado, é preciso apenas acrescentar a produtividade da cultura para chegar à produção que deve ser obtida na safra.
"Normalmente nós utilizamos dados históricos sobre a produtividade em cada região, além de informações de agricultores", diz.
Segundo Formaggio, estão em estudo outras formas de obter a produtividade das culturas.
Ele estima em dez horas o tempo necessário para classificar as áreas e culturas plantadas em uma extensão de 180 quilômetros.

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