São Paulo, terça-feira, 7 de junho de 1994 |
Texto Anterior |
Índice
Árabe vende 23 campeãs domingo em São Paulo
DA REPORTAGEM LOCAL A moda de sortear carros importados nos leilões de elite pegou. Agora é o Caran Excellence e Rach Prestige de puro-sangue árabe que sorteia um Mercedes-Benz C-180 no próximo domingo, dia 12 de junho.O pregão marca a volta dos cavalos ao hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, que foi uma das primeiras casas a sediar leilões de elite na cidade. Promovido por dois haras –Ilha da Chapada, de Minas Gerais, e Carandá, de São Paulo–, o leilão coloca em oferta 23 fêmeas campeãs em exposições realizadas no Brasil, EUA e Europa. "É a maior concentração de éguas premiadas que se tem notícia", diz Paquito Carrasco, dono do haras Carandá. Segundo Carrasco, o leilão pretende refletir o nível de qualidade do cavalo árabe selecionado no Brasil. "Estamos colocando na pista o melhor do trabalho de 10 anos de criação dos dois haras, que já conquistaram mais de 20 títulos de campeões nacionais no Brasil e nos EUA", diz Carrasco. Dados da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Árabe (ABCCA) indicam que no ano passado foram vendidos 800 animais em leilões pelo preço médio de US$ 7,5 mil. A ABCCA, sediada em São Paulo, tem 1.200 sócios e cerca de 20 mil cavalos registrados. A criação de árabe é milenar e teve origem nos desertos do Oriente. Segundo Luis Eduardo Moreira Caio, presidente da ABCCA, o sangue do árabe está presente em todas as outras raças equinas. "Por isto, o árabe é conhecido como a mãe das outras raças", afirma Moreira Caio. Este ano, o mercado de puro-sangue árabe vem sofrendo com a indecisão dos compradores na fase que antecede o real. Os criadores não estão investindo muito. Em dois leilões, realizados recentemente, as médias ficaram abaixo do esperado. Primeiro foi o Invitational, promovido dia 9 de maio último, em São Paulo, pelo empresário Paulo Roberto Levy, que vendeu 42 animais pela média de 7.280 URVs. Em 93, Levy tinha conseguido cotação média de US$ 17,1 mil por seus cavalos. Dia 23 de maio último foi a vez dos empresários Sebastião Camargo, Claudio Bardela e Paulo Machado de Carvalho Filho não conseguirem repetir a média da versão 93 de seu pregão. Eles venderam 42 animais por 3.800 URVs, contra US$ 8,12 mil do ano passado. Texto Anterior: Leilões ganharam impulso em 1987 no MS Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |