São Paulo, terça-feira, 7 de junho de 1994 |
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Empresa que serve ao Ministério da Fazenda aluga comitê aos tucanos
REGINA ALVAREZ
A empresa mantém três contratos com o ministério referentes a obras de manutenção na sede, anexos, delegacia do Ministério da Fazenda e Esaf (Escola Superior de Administração Fazendária). Os serviços prestados pela empresa são diversificados e já estavam em andamento desde o governo Collor (1990-1992). Tradicional prestadora de serviços ao setor público, a Delta já esteve envolvida em irregularidades que resultaram num inquérito administrativo feito pelo Senado. Em 86, a empresa foi proibida de participar de licitações no Senado pelo prazo de cinco anos, com base nas conclusões do inquérito. A Delta também consta do cadastro de devedores aos órgãos públicos. O motivo é uma dívida trabalhista de CR$ 79,2 milhões. Como questiona o débito na Justica, a Delta continua participando de licitações publica até a sentença final da ação. O deputado Augusto Carvalho (PPS-DF) vai pedir ao Tribunal de Contas da União auditoria nos contratos firmados com a Delta. Ele recebeu denúncia, ainda não comprovada, de que as obras estariam superfaturadas. A assessoria de FHC informa que o prédio do comitê, no centro de Brasília, foi alugado à Delta por 8.000 URVs mensais. O prédio possui quatro pavimentos e tem 2.500 metros quadrados. A Folha consultou alguns corretores de Brasília que acharam o preço abaixo dos padrões do mercado local. Um andar em um prédio do centro da cidade, de 520 metros quadrados, tem seu aluguel cotado em torno de US$ 3.000. Texto Anterior: Tucano quis assessor de Collor Próximo Texto: "Ganância" Índice |
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