São Paulo, terça-feira, 7 de junho de 1994
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EUA deram pista das 7 t de coca

CLAUDIO JULIO TOGNOLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

EUA deram pista de 7 t de coca
Há cinco meses, bateu na diretoria da Polícia Federal, em Brasília, a informação de que "um enorme carregamento" de cocaína iria chegar ao Brasil, vindo de Cali, na Colômbia. Os donos da informação eram dois norte-americanos, agentes da Drugs Enforcement Administration (DEA), a agência que os EUA mantém para combater o tráfico internacional de cocaína.
Essas informações foram transmitidas à Folha por dois agentes brasileiros que participaram da operação. Segundo o relato deles, os dois agentes do DEA estavam pessoalmente no encalço do carregamento de cocaína, desde que o fardo de sete toneladas chegou a Guaraí (TO), numa fazenda clandestina a 230 km de Palmas.
Segundo a Polícia Federal, os dois agentes da DEA repassaram à PF a melhor data e local para que os policiais fizessem a apreensão da droga. Ficou combinado que os policiais federais iriam esperar até que a droga entrasse em território brasileiro e chegasse num local "exequível", segundo o termo empregado pelos agentes que participaram da operação.
Foi assim que, há uma semana, agentes do setor de comunicaçãp social da PF começaram a telefonar aos jornais, informando que "logo" iria ocorrer uma grande apreensão de cocaínaa área.
Um dos agentes do DEA que acompanhou a operação esteve em São Paulo, há duas semanas, para investigar os nomes dos membros da quadrilha que fariam o embarque da droga, a partir do porto de Santos (a 65 km de São Paulo, no litoral). O agente ficou instalado num apartamento na rua Marquês de Paranaguá, (centro de São Paulo), ao lado do 4º Distrito Policial.
Segundo os policias federais que participaram da operação, os dois wsgentes do DEA estavam infiltrados no grupo de apoio da quadrilha, e fariam parte daquel;e grupo de quatro pessoas que a PF informou terem "escapado".
Os afgentes do DEA trabalahm no Brasil sob autorização do Ministério da Justiça. Freqwuentam as sedes da PF em todos os estados, repassam documentos confidenciais, mas nãos lhes é delegada por lkei a tarefa de operaram em campo armados. Oficialm,ente, têm caráter consultivo, sem poder de deliberação.
O Depratamento de Estado dos EUA considera o Brasil como o segundo pçaís, no muindo, na lista de lavagem de dinheiro proveniente dop tyráfico de drogas, segundo o documento "Usia 014775/01". Diz o relto que o combate ao tráfico, no Brasil, "desfaleceu enquanto o Congresso dedicava suas energias p0ara investigar e tirar o poder do presidente fernando Collor".

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