São Paulo, terça-feira, 7 de junho de 1994 |
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DP abre restaurante e vende cerveja
LUÍS EDUARDO LEAL
Desde ontem, os policiais do 22º DP ou qualquer pessoa que passe pela rua e veja a faixa podem subir ao 2º andar da delegacia e comer em um pequeno restaurante self-service. Outras delegacias, como o 6º DP (Cambuci), o 45º (Vila Brasilândia) e o 77º DP (Santa Cecília) também têm cantinas. Além de frango e da carne ensopada no cardápio de ontem, a placa de preços da cantina do 22º DP anunciava cerveja a CR$ 1.600,00. O estatuto do funcionalismo proíbe a venda de bebidas alcoólicas em repartições públicas. Na "Cantina 45", no 45º DP, o preço da cerveja era mais alto: CR$ 2.000,00 a garrafa. Na entrada lateral do 45º DP, uma placa em forma de seta indica o acesso e as opções: café, almoço, lanche, salgados e bebidas. "Além dos policiais, alguns professores e alunos de duas escolas públicas próximas costumam vir à cantina", diz o delegado titular do 45º DP, José Bassani, 47. Segundo ele, a vantagem das cantinas em delegacias é permitir que policiais –sempre em número reduzido nos plantões– comam sem precisar sair dos distritos. Sobre a venda de cerveja na "Cantina 45", Bassani afirma que os policiais só tomam bebidas alcoólicas "depois do expediente". Hélio Tavares, titular do 22º DP, diz que as cantinas devem ser estimuladas em vista do baixo valor dos vales-refeição pagos aos policiais (CR$ 1.200,00/dia). "Para concedermos a exploração da cantina, o beneficiado deve oferecer preços menores", diz. No 22º DP, o quilo de comida custa CR$ 6.000,00. No 44º DP, os pratos custam entre CR$ 3.800,00 e CR$ 4.500,00. "É prática comum nas delegacias, mas a venda de bebidas alcoólicas é proibida. O bom-senso recomenda que esses serviços não sejam divulgados em faixas colocadas nas delegacias", diz Sylvio Bartoletti, chefe da assistência policial do Departamento de Polícia Judiciária da Capital. Texto Anterior: Campanha visa vacinar 3,5 milhões de crianças contra a poliomielite Próximo Texto: "Vamos arrancar as faixas" Índice |
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