São Paulo, terça-feira, 7 de junho de 1994
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Seleção treina "gol impossível" em faltas

FERNANDO RODRIGUES; MÁRIO MAGALHÃES
DOS ENVIADOS ESPECIAIS

Seleção treina 'gol impossível' em faltas
Parreira idealiza cobrança em que brasileiro tem que correr 10 m antes que os adversários dêem três passos
A seleção brasileira começou a treinar cobrança de faltas para a Copa do Mundo. Uma das jogadas ensaiadas nunca resultou em gol numa partida de verdade. Ao menos, os jogadores não se lembram de ter visto.
"O gol impossível" planejado pelo técnico Carlos Alberto Parreira é assim: ao lado da barreira adversária, o Brasil coloca três jogadores, numa pequena barreira.
Um jogador do Brasil cobra a falta para o companheiro que está no meio da barreira "falsa".
Este pára a bola. Os que estão nos extremos impedem que os defensores se aproximem.
Enquanto isso, o jogador que bateu a falta corre –10 m– na direção da bola e a chuta de novo, agora com força, para o gol.
Não se conhece registro de gol assim porque os adversários estão mais perto –a três passos, no máximo– do local onde a bola ficará à espera do jogador que deverá chutá-la.
"O importante é ensaiarmos jogadas diferentes para surpreender os adversários", afirmou Parreira.
Sábado, no Canadá, ele proibiu a filmagem do treino de faltas por uma câmera que estava na parte superior do estádio –com melhor visão dos planos do técnico.
Uma das cobranças ensaiadas é igual à usada pelo técnico Telê Santana no São Paulo.
Em vez do chute direto, o cobrador dá um passe curto para outro, que pára a bola, para um terceiro chutá-la.
Foi assim que o meia Raí marcou o segundo gol do São Paulo contra o Barcelona, da Espanha, no jogo que deu ao time brasileiro o título mundial interclubes de 1992.
(FR e MM)

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