São Paulo, terça-feira, 7 de junho de 1994 |
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Rede Globo admite erro em transmissão
NELSON BLECHER
Para ocultar painéis de publicidade da Brahma no estádio, posicionados junto à lateral do campo, o enquadramento das câmeras cortou jogadores pela cintura. "O procedimento não é aprovado pela direção da Globo, pois as decisões da equipe no Canadá contrariaram determinações no sentido de evitar pirataria, mas sem prejuízo para a imagem", afirma o comunicado. Globo e Bandeirantes selaram um acordo para neutralizar a guerrilha publicitária da Brahma nos estádios. A Globo foi encarregada de gerar imagens próprias do jogo da seleção, na tentativa de evitar que os símbolos da cervejaria (faixas, cartazes e bandeiras da "torcida nº 1") aparecessem na tela. As despesas da transmissão foram rateadas entre as duas emissoras. Mas, ao menos no caso da Globo, o feitiço acabou virando contra o feiticeiro. "Preferimos utilizar as imagens básicas da emissão da TV canadense, para não prejudicar a transmissão", afirma José Roberto Maluf, diretor da Rede Bandeirantes, patrocinada pela Antarctica. Octávio Florisbal, superintendente comercial da Globo, confirma o acordo com a Bandeirantes, a ser mantido nos próximos jogos. As emissoras têm projetos para utilizar equipamentos eletrônicos virtuais que "limpam" imagens. Segundo Florisbal, a Globo está "preocupada" e decidiu adotar medidas a fim de evitar que a Brahma "se aproveite de eventos para os quais não colaborou". Eduardo Fischer, responsável pelas campanhas da Brahma, considera "legítima" a atitude defensiva da Globo, mas afirmou que não vai alterar a estratégia traçada para a Copa. Antonio Carlos Ribeiro da Silva, vice-presidente de marketing da Kaiser, disse que a atitude da Globo protege os anunciantes. A cervejaria investe US$ 15,3 milhões pelo pacote de patrocínio na Rede Globo. Texto Anterior: Seleção treina "gol impossível" em faltas Próximo Texto: Sistema tático da Nigéria é defensivo Índice |
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