São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 1994
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Mundial faz EUA barrarem vôos da Nigéria

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Muitos nigerianos que pensavam em viajar para os Estados Unidos para acompanhar a participação da seleção de seu país na Copa do Mundo de futebol ficaram frustrados.
As autoridades norte-americanas não permitem que aviões da companhia aérea da Nigéria aterrissem nos Estados Unidos.
Desde o ano passado, o governo norte-americano proibiu as aterrissagens alegando razões de segurança.
Segundo o governo dos Estados Unidos, o aeroporto de Lagos, na Nigéria, de onde sairiam os vôos, é um dos mais corrompidos e com maior índice de criminalidade do mundo.
Este é mais um incidente diplomático com a Nigéria na Copa do Mundo.
Há duas semanas, os comerciantes da cidade de Addison, no Texas, onde a seleção nigeriana ficará hospedada durante três dias, disseram que não vão aceitar cartões de crédito de jogadores e torcedores da Nigéria.
A orientação foi dada pelo próprio chefe de polícia da cidade, que afirmou que, na Nigéria, as fraudes contra o sistema de crédito são enormes.
Essa atitude levou a Nigéria a tentar trocar de sede.
A situação foi contornada com um pedido oficial de desculpas do prefeito da cidade de Addison.
Imprensa
A imprensa norte-americana, desacostumada à rotina do futebol, já começou a causar problemas com várias delegações.
Nos Estados Unidos, a imprensa tem livre acesso aos jogadores de todos os esportes.
No futebol, entretanto, as delegações estão habituadas a impor restrições à imprensa. Por isso, os jornalistas norte-americanos estão sendo chamados de inoportunos.
A seleção da Bulgária chegou a trocar empurrões com jornalistas que queriam filmar seus treinos.
Os jogadores do México também se recusaram a falar com a imprensa norte-americana depois de sua derrota para a equipe dos Estados Unidos no último sábado.

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