São Paulo, sábado, 11 de junho de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Stanford volta a reprovar aluno após 24 anos

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

A Universidade de Stanford, uma das cinco melhores dos EUA, resolveu reinstituir a reprovação em seus cursos.
Há 24 anos, como resultado da rebelião estudantil no final dos anos 60, Stanford aboliu a nota F, a única que reprovava na instituição.
Agora, para mandar aos estudantes "uma forte mensagen de que a sua vida intelectual será levada muito a sério daqui para frente", Stanford mudou o sistema de avaliação.
Além de reabilitar a reprovação, a universidade resolveu acabar com a prática que permitia aos estudantes abandonar um curso até a véspera do dia do exame final sem que nenhum registro aparecesse em seu currículo.
Também foi extinta a possibilidade de estudantes escolherem os cursos que quisessem para constar em seus currículos.
Agora, todas as disciplinas e notas cursadas pelos alunos vão estar em seus registros.
Pesquisa feita no ano passado mostrou que 90% das notas dos estudantes de Stanford em 1992-1993 foram A ou B.
Essa generosidade, segundo estudo preparado pela reitoria, estava desmoralizando o sistema de avaliação.
Além de voltarem a poder reprovar, os professores de Stanford serão orientados a só darem A ou B quando o desempenho acadêmico do aluno for acima da média.
Stanford, na Califórnia, costa oeste dos EUA, quinta melhor universidade do país segundo o respeitado ranking anual da revista "U. S. News and World Report", segue, com essas decisões, tendência nacional: a Universidade da Califórnia em Berkeley e a Universidade de Yale também adotaram medidas semelhantes no ano passado.

Texto Anterior: Manifestação pára 14 km
Próximo Texto: Estudantes da USP saqueiam restaurante
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.