São Paulo, sábado, 11 de junho de 1994
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Manifestação pára 14 km

DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de 800 funcionários e professores da USP –segundo a PM– fizeram ontem um enterro simbólico dos reitores da USP, Unesp, e Unicamp e do governador Luiz Antonio Fleury, em passeata que saiu da USP e foi até a avenida Paulista, onde encontraram trabalhadores da Saúde que também faziam protesto.
Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a manifestação parou 14 quilômetros.
Os manifestantes da USP –em greve há 27 dias– reivindicam 27% de aumento salarial imediato e a abertura das negociações.
Os reitores consideram as negociações encerradas –conforme comunicado distribuído quarta-feira– e deram 8% de aumento nos salários já convertidos em URV.
A passeata desocupou a reitoria da USP –invadida na terça-feira– por volta das 10h30 e seguiu até a rua Waldemar Ferreira (Butantã, zona oeste).
Em seguida, os manifestantes lotaram oito ônibus e foram para a avenida Paulista.
Por volta de 12h, os manifestantes se juntaram a outro protesto, dos trabalhadores da Saúde –cerca de 700, segundo a PM, totalizando 1.500 manifestantes– , e fecharam a avenida Paulista no sentido Paraíso-Consolação.
Além da Paulista, o trânsito ficou prejudicado também nas avenidas Rebouças, Dr. Arnaldo, Domingos de Morais, Vergueiro e rua da Consolação.
Tanto professores como funcionários da USP mantiveram ontem em assembléias a greve.
O reitor enviou comunicado aos diretores das unidades para que sejam elaboradas listas de faltas de grevistas e possíveis prejuízos decorrentes da greve.
Os trabalhadores e representantes de conselhos e sindicatos da Saúde entregaram ontem aos secretários municipal e estadual da Saúde dez perguntas sobre a situação da saúde em São Paulo.
Os secretários deverão responder em reunião no dia 15.
Ontem, o juiz Jamil Miguel, da 5ª Vara do Fórum de Campinas, concedeu à reitoria da Unicamp a reintegração de posse do refeitório ocupado por grevistas.

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