São Paulo, sábado, 11 de junho de 1994
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Saúde quer vacinar 18 milhões de crianças

DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de 18 milhões de crianças menores de 5 anos devem ser vacinas hoje contra a paralisia infantil. O Ministério da Saúde investiu mais de CR$ 6 bilhões.
A verba foi gasta na compra de 30 milhões de doses da vacina Sabin, 4,8 milhões da vacina contra o sarampo, 5,2 milhões da antitetânica e 6,2 milhões da DPT (difteria, coqueluche e tétano).
Serão acionados pelo menos 500 mil pessoas e 150 mil postos em todo o Brasil na primeira fase da campanha. A segunda fase será realizada no dia 13 de agosto.
O ministro da Saúde, Henrique Santillo, espera atingir com a vacinação pelo menos 90% do total de crianças previsto.
Esta é uma das exigências da Organização Mundial de Saúde para garantir ao Brasil o certificado internacional de erradicação da doença.
No ano passado, foram atingidos 89%, 16,2 milhões, do total de crianças esperado.
Em São Paulo, a Secretaria Estadual da Saúde pretende vacinar hoje 3,5 milhões de crianças em todo o Estado.
O secretário estadual da Saúde, Cármino Antonio de Souza, afirmou que todas as crianças menores de 5 anos devem procurar os postos de saúde, das 8h às 17h, independente de febre ou resfriado.
"Haverá um profissional especializado em cada posto para decidir se a criança deve ou não tomar a vacina", disse.
A poliomielite (paralisia infantil) é uma doença infecciosa que paralisa os membros inferiores.
O vírus da poliomielite pode ser transmitido pelo ar ou pela água. A doença não tem tratamento específico e a vacinação é a única forma de prevenção.
O último caso da doença no Estado de São Paulo foi registrado em 1988 em Teodoro Sampaio (710 km a oeste da capital).
Também serão distribuídas doses das vacinas SCR (contra sarampo, caxumba e rubéola), DPT (difteria, tétano e coqueluche), dupla tipo adulto (difteria e tétano), contra tuberculose, sarampo e febre amarela.
As vacinas são indicadas para as crianças que estão atrasadas segundo o calendário da caderneta de vacinação. A dupla tipo adulto deve ser tomada de dez em dez anos como um reforço.
Não há contra-indicação, exceto para mulheres grávidas, que não devem tomar vacina contra difteria e rubéola. Reações como febre e moleza no corpo são normais.

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