São Paulo, sábado, 11 de junho de 1994
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Será que a moda anda meio boba?

ERIKA PALOMINO
COLUNISTA DA FOLHA

Talvez tudo tenha começado no ano passado, quando a norte-americana Anna Sui vestiu as top models de baby-doll, em sua coleção de verão. Foi o que bastou para detonar a coqueluche que se espalhou pelo mundo e já está até nas ruas brasileiras.
"Estariam os estilistas infantilizando as mulheres?", pondera a revista especializada em moda "Harper's Bazaar". "Sempre houve o lado teatral da moda, uma paixão pelo extremo, mas ultimamente o exagero tem roubado a cena", detona a "Time", para um público mais convencional.
Os estilistas mesmo, estes não estão nem aí –como sempre, aliás. "Há um novo clima de `Eu quero me divertir"', explica Gianni Versace na "Bazaar". "É tempo de tentar ser feliz", finaliza.
Essa "felicidade" inclui, além do look boneca, saias curtíssimas em toda a parte, mais peles falsas, underwear como roupa comum, chapéus esquisitos, fora o prata e sintéticos e plásticos em geral. Tudo o que deu o tom dos últimos desfiles internacionais.
Há quem enxergue sinais do surgimento de uma nova feminilidade nesses looks, sobretudo em relação ao uso do pink e dessas extravagâncias. Uma mulher que pode sim parecer mais frágil e relacionada a imagens mais previsíveis de moda e sensualidade. Concordando ou não, bom é se habituar e se preparar. Pode ser mudança de ventos na moda.

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