São Paulo, domingo, 12 de junho de 1994 |
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'Espião' assiste treino russo
FERNANDO RODRIGUES; MÁRIO MAGALHÃES
Ele vai ao campo do Cabrillo College, na cidade de Aptos (Estado da Califórnia, nos EUA), como se fosse um dos curiosos que vêem os treinamentos. Semanalmente, Santos faz relatório para o técnico Carlos Alberto Parreira sobre o que vê. O texto é acompanhado de gráficos sobre posicionamento de jogadores e jogadas ensaiadas. O outro "espião" da seleção, Leovegildo Júnior, verá hoje jogo entre Suécia e Romênia, em San Diego, também na Califórnia. O treinador da Rússia, Pavel Sadyrin, anunciou quarta-feira ao chegar aos Estados Unidos que a maioria dos treinos seria fechada –ninguém os veria. Ele queria dificultar o trabalho de "espiões" de outras equipes. Proibiu fotógrafos e cinegrafistas nos treinamentos. Apesar do esforço da polícia, não conseguiu. Os treinamentos da seleção brasileira também são abertos. Inicialmente Parreira queria fazer alguns fechados, mas descobriu que, do lado de fora, é possível ver o campo do estádio da Universidade de Santa Clara, onde a equipe brasileira treina. A partir de amanhã, o acesso aos treinos das seleções será restrito aos portadores de credencial emitida pelo Comitê Organizador da Copa do Mundo. Mas é possível ver o treino russo atrás de uma cerca e o brasileiro atrás de um portão. Suécia e Camarões não fizeram restrições à presença de público nos treinos. Brasil, Rússia, Suécia e Camarões integram o Grupo B do Mundial. A estréia dos brasileiros será no dia 20 contra os russos, no estádio de Stanford. Segurança Na terça-feira o FBI (a polícia federal norte-americana) vai aumentar o número de agentes que fazem a segurança das seleções. Haverá 25 agentes acompanhando a equipe brasileira, de acordo com o chefe de segurança da delegação, Moisés Campos Lima. Até agora dois integrantes do FBI fazem diariamente a segurança da delegação do Brasil. (FR e MM) Texto Anterior: 'Não preciso correr tanto', diz Branco Próximo Texto: FBI apela à PM carioca no Mundial Índice |
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