São Paulo, domingo, 12 de junho de 1994
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Emissoras brasileiras mostram as 52 partidas da Copa do Mundo para o país

Jô Soares fará seu programa nos EUA durante a Copa

MURILO GABRIELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Se você odeia futebol e, quando era pequeno, sonhava ser astronauta, tem agora o momento ideal para se inscrever no primeiro vôo tripulado para Marte. A TV brasileira começa em 17 de junho –dia do primeiro jogo da Copa do Mundo dos EUA– a infligir a maior overdose esportiva a que o país já foi submetido.
Os 52 jogos do evento serão mostrados no Brasil –48 deles ao vivo. A Bandeirantes chega ao absurdo de anunciar 250 horas de transmissão durante os 31 dias do evento –uma média de cerca de oito horas diárias.
A Globo desloca para a futura capital mundial do "soccer", juntamente com sua equipe de esportes, a maior parte de seus correspondentes internacionais, âncoras e os repórteres-humoristas do "Casseta e Planeta".
O SBT transfere para as sedes de jogos da seleção a gravação dos "talk shows" diários de Jô Soares (leia texto à pág. 12) e Otávio Mesquita.
Todas emissoras, mesmo as que não mostram as partidas, terão suas telas invadidas pelos mais variados tipos de comentaristas e mesas-redondas.
Juízes, técnicos, jornalistas especializados, humoristas, montes de ex-jogadores –só do time tri-campeão de 70 serão cinco– e até mulheres de antigos craques –como a eterna manicure Terezinha Sodré, senhora Carlos Alberto Torres– terão a chance de analisar o desempenho de Parreira e seus comandados.
Tire a camisa verde-amerela do armário, troque a pilha do controle remoto e aproveite sem medo da ressaca. Afinal, a próxima dose é só daqui a quatro anos.

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