São Paulo, segunda-feira, 13 de junho de 1994 |
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Sobrevivente fala em desavença entre famílias
ALESSANDRA BLANCO
Leonildes Braga de Jesus, única sobrevivente, afirmou na delegacia que o crime foi cometido por membros de uma família rival da sua desde a época que moravam na Bahia. Há cerca de quatro anos, o sobrevivente Ederaldo Campos Lima, 25, se mudou para São Paulo e pouco depois passou a morar com Leonildes Braga de Jesus, 27. Em fevereiro deste ano, Ederaldo teria assassinado um rapaz em Santo Amaro (zona sul). Na ocasião, os irmãos e primos da vítima prometeram vingança. Anteontem, Ederaldo, seus irmãos, Everaldo Campos Lima, 32, Jacinto Campos Neto, 21, e Darcelino Campos Lima, 37, e os primos de Leonildes, Aurelio Paes Landim, 22, Jovelito Paes Landim, 23, e Sebastião Braga Campinho, 40, estavam na casa de Leonildes quando três homens entraram armados. Os três trancaram as filhas de Leonides de quatro e cinco anos no quarto, pediram aos homens para deitarem no chão e dispararam suas armas, poupando Leonildes. A vizinha de Leonildes afirmou que foram disparadas mais de dez balas. A chacina teria durado apenas cinco minutos. "No final, eles disseram que eram homens e vieram cumprir a promessa de vingança, mas disseram que se alguém abrisse a boca, voltariam", disse a vizinha. Ederaldo levou dois tiros na boca e foi socorrido no PS do Hospital Santa Marcelina, em Itaquera (zona leste). Às 20h de ontem, Ederaldo estava no centro cirúrgico passando por uma operação, que deveria durar seis horas. Girvailto Braga dos Santos, primo das vítimas, disse que Ederaldo já teria cometido outros crimes. "Ele não prestava, se a polícia apertar, vai sair muita coisa, os mortos eram trabalhadores inocentes. O Aurélio era de São Bernardo do Campo, nunca tinha vindo aqui, estava passeando." (ABl) Texto Anterior: Casa era ponto de drogas, diz polícia Próximo Texto: Minas Gerais 1; Minas Gerais 2; Minas Gerais 3; SP Interior 1; SP Interior 2; SP Interior 3 Índice |
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