São Paulo, segunda-feira, 13 de junho de 1994 |
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Chilenos vão produzir Coca-Cola no Rio FERNANDO PAULINO NETO FERNANDO PAULINO NETO
Em negociação que se iniciou em março de 1993 e só foi completada na sexta-feira, a indústria chilena adquiriu 100% do capital da empresa que era, majoritariamente, do grupo Confab, da família Vidigal. O grupo Confab tinha 82,5% da empresa. Os outros 17,5% pertenciam ao Bank of America, que também vendeu sua participação aos chilenos. O valor total do negócio foi de US$ 118 milhões. Antônio Carlos Vidigal, que entrega hoje o cargo de presidente da empresa para o chileno Fernando Grez, disse que a intenção era manter 25% das ações da empresa, mas não houve acordo com os novos acionistas majoritários. "Na hora de fazermos o acordo de convivência não chegamos a um consenso e eles se ofereceram para comprar os 25% restantes", disse Vidigal. A idéia, segundo Vidigal, era vender 49% e manter o controle acionário, mas os chilenos queriam comprar 75%. Tudo começou quando a Rio de Janeiro Refrescos contratou o banco norte-americano Salomon & Brothers para tentar capitalizar a empresa para fazer investimentos. Como na época era difícil colocar papéis brasileiros no mercado norte-americano, o Salomon & Brothers sugeriu procurar investidores privados. O grupo Confab comprou a fábrica em 1987 à Coca-Cola Indústria, que a operava desde 1942. Foi a primeira fábrica de Coca-Cola instalada no país. Hoje a Rio de Janeiro Refrescos tem cerca de 3.000 funcionários, três fábricas e quatro depósitos com área construída de 35 mil m2. Produz, anualmente, 350 milhões de litros de Coca-Cola. Além das fábricas de Coca-Cola, a Embotelladora Andina está comprando também a participação da Rio de Janeiro Refrescos na Kaiser, que é de 3,5%. Texto Anterior: Uma franquia de visão Próximo Texto: Usando o atleta para vender Índice |
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