São Paulo, segunda-feira, 13 de junho de 1994
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Raí melhora e faz um gol

MATINAS SUZUKI JR.
DO ENVIADO ESPECIAL

A desenvoltura de Raí no segundo tempo foi o destaque mais animador no jogo de ontem, debaixo de calor de rachar Igreja protestante.
Raí, mesmo sem ser o capitão, está garantido no time de Carlos Alberto Parreira. Melhor então que esteja muito bem disposto.
Raí fez o seu gol e participou decisivamente do tento mais bonito da tarde abrasadora, concluído magistralmente por Zinho.
Com o elenco principal, que iniciou o jogo, o time voltou a mostrar que o ataque será diabólico nestes dias de calor infernal.
Até pedir para sair, Romário mostrava que estava com uma excelente disposição para se confirmar como a revelação desta Copa.
E Bebeto também mostrou mais desenvoltura, procurando um pouco mais o jogo e enfiando uma bola limpíssima para Romário marcar.
Mas o meio-de-campo, mesmo com o Mazinho, continua mostrando suas deficiências. Falta mobilidade e velocidade para o time.
Seja com Raí, seja com Mazinho, o jogo pré-estabelecido por Parreira é muito quadrado. Ele não permite que os dois se soltem.
Ficam os dois presos pelos lados, sem liberdade para uma movimentação maior no sentido de um cruzar em direção à lateral do outro.
Isto ajudaria a confundir a marcação adversária. No segundo tempo, com a entrada de mais jogadores reservas, o time ficou mais solto.
Assim, Raí rendeu muito mais. Ficou solto, desenvolto, e até recuperou o seu porte de cisne em lagoa sagrada.
Por outro lado, Zinho continua sobrando, sem encontrar o seu verdadeiro espaço neste time (justiça seja feita ao seu belo gol).
Mauro Silva e Dunga continuam muito lentos. Toques excessivos e pouquíssima velocidade nos contra-ataques, que são mortais.
Parece que esta é uma das estratégias do Parreira. Fazer os europeus se cansarem com o nosso toque de bola, já que o sol é muito forte.
Não sei não. Pode funcionar com os russos e com os suecos. Mas é difícil romper as barreiras italianas e alemães sem um rápido contra-golpe.
Jorginho, no páreo final, atropelou Cafu pela excelência dos seus cruzamentos.
Já no caso do Leonardo, parece que lhe deu um Branco.
Muller não foi bem, mas tem espaço no ataque.(Matinas Suzuki Jr.)

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