São Paulo, segunda-feira, 13 de junho de 1994 |
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Pretenders amadurecem e adotam balada
EVA JOORY
O disco tem frescor e energia que desde "Learning to Crawl", a banda não mostrava. Traz bons momentos nas três primeiras faixas, "Hollywood Perfume", "Night In My Vain" –com uma sonoridade tradicional à banda– e "Money Talks" –mais pesado. Mas, ao invés de investir no rock, marca registrada da banda, dá preferências às baladas. Sinal dos tempos? Chrissie Hynde, 43, está na banda há 14 anos. Passou de popstar à mãe de família e agora com "I'm a Mother", fala dos efeitos da maternidade. A música começa com um som de bateria, seguido de um "sh". Hynde canta: "Entendo o sangue e entendo a dor". Hynde sempre fez letras inteligentes e nunca cedeu aos apelos do rock baba que assola o mundo pop. Reflexo talvez de sua carreira anterior, a de crítica musical. Na primeira balada do disco, "977", ela se envolve numa tragédia sem fim e canta: "ele me bateu com seu cinto, mas lágrimas foram só o que senti". O verdadeiro trunfo dos Pretenders sempre repousou na voz de Chrissie Hynde, rouca, sensual e inconfundível. Nunca perdeu o pique e se transformou numa espécie de mito, heroína do pop. Hynde já passou pelas mortes do baxista Pete Farndon e do guitarrista James Honeyman Scott, em 1982. Com seu espírito de liderança reconstruiu a banda inúmeras vezes. Para "Last of The Independents", convocou o baterista original Martin Chambers, fora da banda desde "Packed!" e convidou o guitarrista Adma Seymour e o baixista Andy Rourke. "Last of Independents" mostra o lado "soft" (suave) dos Pretenders. O outro lado era melhor. Nome do disco: The Last of The Independents Banda: Pretenders Produção: Ian Stanley Lançamento: Warner Preço: 16 URVs (em média, o CD) Texto Anterior: Zé Celso lembra Cacilda Becker Próximo Texto: Tia Carrere faz rock baba Índice |
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