São Paulo, terça-feira, 14 de junho de 1994 |
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Encontro debate campanha contra Aids de prostitutas do Suriname
AURELIANO BIANCARELI
Para evitar que o vírus da Aids e as doenças venéreas se alastrem entre elas, as próprias prostitutas criaram um trabalho inédito de auto-informação. A experiência foi relatada no 4º Encontro Panamericano de Pessoas Vivendo com HIV e Aids encerrado neste fim-de-semana em São Paulo. O encontro reuniu 40 representantes de 11 países. Dusilley Alexis Cannings, 31, portadora do HIV e ex-prostituta em Paramaribo, disse que as mulheres estão sendo orientadas nas ruas e nas próprias boates. Os donos de casas noturnas também participam das reuniões. Segundo Dusilley, a maioria das brasileiras vem de Belém (PA) e parte delas tenta seguir para a Europa. Outra experiência relatada foi a do grupo Gay Men's Health Crisis com trabalhadores clandestinos nos EUA. São cerca de 8 milhões de pessoas que escapam aos controles e evitam os serviços de saúde para não serem deportados. "Ameaçados, eles só procuram ajuda quando ficam doentes", disse o argentino Alfredo González, 36, que vive em Nova York. Segundo o psicólogo Walter Gallego, presidente do Grupo de Incentivo à Vida (GIV), o próximo encontro latino-americano será em Trinidad e Tobago. Ontem, os participantes do encontro divulgaram uma "declaração de São Paulo", em que afirmam que os "direitos e o exercício da cidadania vêm sendo violados" no continente. A carta pede "políticas de saúde pública", programas de educação preventivos e capacitação de médica. (AB) Texto Anterior: Nevoeiro em São Paulo fecha dois aeroportos Próximo Texto: Menor reincinde menos no crime com júri juvenil Índice |
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