São Paulo, terça-feira, 14 de junho de 1994
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Azares perseguem os zagueiros de Parreira

JOÃO MÁXIMO
ENVIADO ESPECIAL A FRESNO

Uma sucessão de azares vem perseguindo os zagueiros centrais da seleção brasileira desde a convocação para as eliminatórias da Copa do Mundo, em julho do ano passado. Ricardo Gomes é apenas o mais recente de uma longa lista.
O primeiro caso foi o de Júlio César. Já com seu nome incluído entre os convocados, o zagueiro da Juventus italiana mandou dizer que não se apresentaria enquanto a CBF não o "indenizasse" pelos US$ 30 mil roubados de seu quarto de hotel, nos EUA, durante a US Cup. Ficou sem resposta.
Em seguida, Mozer, o zagueiro favorito de Parreira, não se apresentou no dia marcado por estar em Lisboa envolvido no processo contra o jornal português que afirmara estar ele com Aids.
Já na Granja Comary, os casos de contusão de zagueiros se sucederam: Ricardo Gomes, Ricardo Rocha, Válber, este preocupando técnico e médicos por não se saber exatamente qual era o problema.
Fugindo da concentração onde deveria ficar em tratamento (para ir a uma festa), Válber foi cortado. "Mais por indisciplina que pela contusão", explicou Parreira.
A sorte pesou mesmo no caso de Válber. Muller, também machucado, saiu da concentração na mesma noite, foi cortado, mas teve outras chances. Válber, não.
Na atual seleção, já a caminho da Copa, novos azares. Mozer foi dispensado em razão de uma hepatite. Nos EUA, três dos quatro zagueiros teriam problemas musculares. Márcio Santos foi a exceção.
Ricardo Rocha ainda não está cem por cento bem, Aldair continua afastado de jogos e treinos e, por fim, o azar de Ricardo Gomes.
Cléber, do Palmeiras, será chamado caso Gomes seja cortado. O zagueiro, porém, embarcou ontem da Colômbia para a Rússia, onde seu time disputa quatro amistosos.

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