São Paulo, terça-feira, 14 de junho de 1994 |
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Peça sintetiza trabalho do grupo
LUCIA NAGIB Em ParisPresenciar uma encenação do Teatro do Sol constitui uma experiência única. A música é um dos ingredientes básicos de "A Cidade do Perjúrio", começando a soar quando os espectadores procuram seus assentos. Mais tarde, das entranhas de um cenários de construções brancas começam a aparecer os personagens. No centro, a mãe, que amaldiçoa a cidade e lamenta a perda de seus dois filhos pela contaminação do sangue. Sua ira desperta as Eríneas, divindade cuja função é vingar crimes contra a família. Através do texto essencialmente moderno, vão sendo colocadas em julgamento as instituições da sociedade atual, principalmente as corporações dos médicos e advogados. Enquanto isso, a mãe evoca os filhos mortos e se dissolve (junto com a platéia) em uma escuridão recoberta de estrelas. "A Cidade do Perjúrio" parece realmente uma síntese de todo o trabalho com clássicos, modernos e orientais, que o Teatro do Sol já desenvolveu. (Lúcia Nagib) Texto Anterior: "O teatro resiste ao clipe", diz Mnouchkine Próximo Texto: Gilson e Leny lembram pérolas de Cartola Índice |
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