São Paulo, terça-feira, 14 de junho de 1994
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Guerrilha e governo do México mantêm trégua

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O governo do México e a guerrilha indígena que se rebelou em Chiapas (sul do país) em janeiro afirmaram ontem que continua em vigor a trégua acertada em março.
O anúncio foi feito um dia depois de os rebeldes do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) rejeitarem o acordo de paz mediado pelo ex-chanceler Manuel Camacho Solís.
A guerrilha havia assinado a paz sob a condição de que suas bases aprovassem o acordo. O EZLN disse que 98% de seus partidários em Chiapas a rejeitaram.
"Infelizmente, a cegueira histórica do governo supremo o impede de ver que sua falta de disposição para ceder aos impulsos democráticos vai levar o país a um conflito doloroso, com consequências imprevisíveis", disse o EZLN.
O presidente Carlos Salinas de Gortari afirmou que o Exército vai permanecer em Chiapas, mas sob ordens de manter o cessar-fogo.
Analistas disseram à "Reuter" que a rejeição da paz pelo EZLN fortalece a previsão de que as eleições presidenciais de agosto vão se realizar sob ameaça de violência.

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